Pela madrugada meu corpo arde em febre...
Tua imagem me segue, teu viço me espia,
Teu beijo me sufoca, teu tesão me assedia...
O fogo da paixão arrebenta meu ventre
E uma arrebatadora volúpia faz com que eu entre
Entre os anelos que me fazem arrepiar...
Sedenta de amor tua ternura me acaricia
E sinto o marulhar das vagas ébrias do mar
Que em fluxo e refluxo me fazem sonhar
Com o paraíso que flutua na tela de minha fantasia...
Numa síndrome de desejos teu cio me acalenta
Qual furiosa tempestade que é bela e petulante,
Calafrios intermitentes são teus meneios de amante
Que me fazem delirar com tua fascinação opulenta
E pela força com que o amor me enternece e me alimenta!