Mais alto que as estrelas
Havia erguido
O meu sonho de Amor
Mais alto que as estrelas
Onde ninguém jamais
O pudesse encontrar…
Somente tu
Com as mãos de neve e olhos de luar
Poderias subir a esse sonho
Comigo de mãos dadas…
Mais salto que as estrelas
Havia erguido
O meu sonho de Amor…
Nesse lugar bendito
Nessa vereda branca
Sem poeiras de estrada
À porta do Infinito…
Vieste tu
De mãos de neve e olhos de luar
E se vieste
- Bendito seja o dia que te trouxe! –
Descer-me toda
Desse lugar sagrado
Onde havia erguido
O meu sonho de Amor
Porque hei de agora
Tecer o riso de Dor?
Maria Helena Amaro
In, «Maria Mãe», 1973.
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Etiquetas: Sonho
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Sexta-feira, 2 de Março de 2012Lenda
Ao Fernando Mota Soares
Era…
Um pálido guerreiro
De armadura branca
Lutando com a Noite
À luz do entardecer…
Era…
Algum monge-poeta
No silêncio da cela
Compondo tristes versos
Em horas de lazer…
……………………………………………………………………..
Era…
Algum judeu errante
Intitulado rei
De alvas cidadelas
Erguidas sobre o mar…
Era…
Um mendigo sem nome
Um alforge dourado
Que cantava às crianças
Histórias de encantar…
Maria Helena Amaro
In, «Maria Mãe», 1973
Publicada por António Sequeira em 10:24 0 comentários Enviar a mensagem por e-mailDê a sua opinião!Partilhar no TwitterPartilhar no FacebookHiperligações para esta mensagem
Etiquetas: Lenda
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Quinta-feira, 1 de Março de 2012Meditando
Á Olga
Amigos
São os que vão connosco de mãos dadas,
Murmurando poemas,
Quando a Esperança morre
Muito dentro de nós…
E nos falam de pássaros azuis,
De risos matutinos
De Primaveras de Sol,
Nas horas sombreadas
De tormentos peregrinos…
Falam-nos sérios de manhãs de risos,
Com olhos de crianças,
E acreditam
No gosto acre das nossas gargalhadas
E no toque singelo
Do repicar dos sinos
Que são as nossas almas
Em tarde de ventura,
Quando ouvem perdidos na penumbra
Cantigas de meninos…
Oferecem-nos as mãos duas, calosas,
Vestidas de bondade
Nas estradas sem fim
De lendários desertos,
Onde ninguém cultiva
O perfume das rosas
Nos prados de Amizade…
………………………………………………………………………………………
E são capazes de cantar connosco
Para além da distância,
Como que se vivessem
A certeza serena
Dum encontro melhor!...
Amigos,
Correi a procurá-los!
E se os encontrardes,
Escondei-os bem,
Muito dentro de vós,
Onde há céus estrelados
E caminhos de esperança
E onde chegam lentas,
Brancas e ressonantes
As vozes do Além
Como se fossem gritos de crianças!
Maria Helena Amaro
In, «Maria Mãe», 1973
Publicada por António Sequeira em 08:05 0 comentários Enviar a mensagem por e-mailDê a sua opinião!Partilhar no TwitterPartilhar no FacebookHiperligações para esta mensagem
Etiquetas: Meditando
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Quarta-feira, 29 de Fevereiro de 2012Amanhã
Quando vieres fazer-me companhia
Traz um pouco de Sol
À rua estreita onde os destinos param
E conversam Esperanças
Ciosos e alegres
De te verem passar...
Quando vieres fazer-me companhia
Não me perguntes
Porque na jarra pus flores vermelhas
Gostando das azuis...
Não me perguntes porque são de sal
As pintas brancas dos meus olhos claros
A saltar no meu rosto...
Quando vieres fazer-me companhia
Não prometas ficar...
Nunca a estrela teve amor ao luar...
Maria Helena Amaro
In, «Maria Mãe», 1973
Publicada por António Sequeira em 08:27 0 comentários Enviar a mensagem por e-mailDê a sua opinião!Partilhar no TwitterPartilhar no FacebookHiperligações para esta mensagem
Etiquetas: Amanhã
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Terça-feira, 28 de Fevereiro de 2012Anseio
À Incerteza ergo os braços da Esperança
E os olhos da Fé à Ilusão
De te encontrar na Vida...
Mas cá no fundo
Onde não há Sol
Nem asas cor de Azul
Nem risos de cristal
Nem primaveras brancas
Nem olhos de crianças
Nem estrelas de luz
Nem flores de cetim
Cá bem dentro de mim
Eu ouço aquela voz
Duma outra que já fui
Sonhando uma outra ser
Interrogar os Céus
Num Canto de Anseio
A um dia melhor:
- Porque há de tardar tanto o Meu Amor?
Maria Helena Amaro
In, «Maria Mãe», 1973
http://mariahelenaamaro.blogspot.com/2012/03/sonho.html
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