Marés vivas
Que afrontam a praia deserta
Paisagem turvada e violenta
Catarse que me revigora
Corpo e alma
Em cascatas de maresia!
Vagas incessantes
Ondas a explodirem
Cuspindo para o ar
Em fulgores de pujança!
Sinto a minha vulnerabilidade
Mas a tua mão na minha
Arrebata-me o medo
Das forças contraditórias da vida!
Apesar da tontura das expectativas
Ladeio todos os riscos
Olhando os teus olhos
E mergulho no teu mar amotinado
Cheio de promessas de purgação!