-"Cuidado", diz ela
quando lhe aperto os seios!
Travo meus anseios!
Cuidado!?
-"Se calhar apertei demais"
-Se calhar pisei demais"
é o que penso
quando a vejo com a barriga inchada;
como uma maré em preia-mar!
Depois,
afastei-me demais,
estive longe e tempo demais,
soube que teus olhos ficaram rasos d'água,
a choraram, a encherem um mar!
Tu és tu.
Eu sou eu.
Que será que nos atrai?
Que foi que me levou a faltar-te ao respeito,
apertar-te, a torto a direito,
teus formosos seios em teu peito?
Tu quase que não dizias nada!
Até gostavas!,
mas, depois,
eis tua barriga embaraçada!
Um pouco atónito, perguntei:
Quem? Eu?
Não dei por nada!
Devia estar distraído!
Eu só sei que sou um mar,
que de ti faço minha praia,
onde minhas ondas te vão beijar
e contigo gostam d'estar!
mas, depois, afastam-se !
Tu sabes que sou distraído
e que não sei o que a ti me atrai,
nem sei bem o que fiz
quando alguém,
empinando o nariz, me chama pai!
como sempre,
é que reparo que é comigo
e é quando não me esqueço de que sou teu mar,
que tu és minha praia
com o mais belo luar,
onde eu gosto, meu amor,
com minhas amorosas ondas estar,
.............ir....................e voltar!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar
Figas