Cada dia, uma sentença de morte.
Cada dia do diabo, dádiva divina.
Duas casas para as coisas, duas sinas,
duas campanas de retratos pálidos na piscina:
duas meninas, uma em cada dia,
doidinhas pelo dia em que serão minhas.
Minhas narinas em ventos de fogo, a marinha.
O mar nebuloso de ondas secas e cinzas.
A infantaria de infantes febris.
Nódoas amarelas de cachos vertidos em sonos de zumbis.
Coisas que não digo a ninguem,
nem escrevo,
mas sei que vem de Ti.
Clamo a algo agora , Ah!
Gemo grego nas entranhas desses trechos,
em máculas dessas esquinas de letras onde se perder é fácil
e é farto encontrar-se também.
Ou encontrar qualquer sílaba que dê alento,
ou amamente com leite a sede de todos os bezerros,
E quero ser bezerro
E quero ser materno também
Parir em mil barrigas e trincas súbitas
Umbilical remédio para essas brumas de agora.