As coisas inúteis
Nascem em lugar nenhum
Simplesmente não existem
Que seja feita a vontade
De pensamento algum
Que sejam misturados os ingredientes
Da verdade
E reservados os dentes
Que mordem os calcanhares das mentiras
E se vozes de cão
Esforçadas
Irrompem em iras
Isso é apenas e só
O tempo a mirrar
A ensurdecer a minha voz
A cegar
Os meus olhos
Fechados
Nos seus nós
Há coisas mesmo inúteis