Mercurio é mente
razão sem destino
vontade que não sente
fogo sem tino.
Grande dignidade,
a conquista do Homem,
por vezes vaidade
que semeia na Alma
a palavra saudade.
Plutão é potência
em furia contida,
traz violência
à quadratura vivida.
Mercurio ergue o escudo
de controle obsessivo
mas ele deixa-o mudo
tira-lhe o sentido.
Plutão desembainha a espada
guardada no Templo,
Mercurio Escuta, Pára, Recolhe ...
esvoaça outro vento
abre mão do controle.
Ricardo Louro
Quiron/Lisboa
(Plutão transforma levando às entranhas o mercurio, tempo de reflexão ...)
Ricardo Maria Louro