Um cinzento levante abeira-se
Insurreição oprimida pelos sentidos
Doem os poemas que não faço, desnutridos
Estão os caracteres seminus nas palavras
Parcas de rumos ou de motivação, distanciar-se
O poema peado pelo olhar alheado
Ao momento, onde estão os poetas
A mola motora da insatisfação
Onde estão os poetas, negação.
Tombam as almas sem rumo
Grita-se amor de balaústres
Amor gago, amor cego, amor, amor
Gemem as almas precisam de prumo
Cantam poetas amor e consumo,
Gemem as gentes, tardam olhares
Cantam poetas ressoam vagares
Correm as dores, gritam os mortos, pavor.
Um cinzento levante abeira-se
Clamam os mortos, corram poetas
Abram valetas estiquem esteiras
Gritem poemas, empurrem barreiras.
Antónia Ruivo.
http://porentrefiosdeneve.blogspot.com/
Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.
Duas caras da mesma moeda:
Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...