Poemas : 

«« Amor gago ««

 
Um cinzento levante abeira-se
Insurreição oprimida pelos sentidos
Doem os poemas que não faço, desnutridos
Estão os caracteres seminus nas palavras
Parcas de rumos ou de motivação, distanciar-se
O poema peado pelo olhar alheado
Ao momento, onde estão os poetas
A mola motora da insatisfação
Onde estão os poetas, negação.

Tombam as almas sem rumo
Grita-se amor de balaústres
Amor gago, amor cego, amor, amor
Gemem as almas precisam de prumo
Cantam poetas amor e consumo,
Gemem as gentes, tardam olhares
Cantam poetas ressoam vagares
Correm as dores, gritam os mortos, pavor.

Um cinzento levante abeira-se
Clamam os mortos, corram poetas
Abram valetas estiquem esteiras
Gritem poemas, empurrem barreiras.

Antónia Ruivo.
http://porentrefiosdeneve.blogspot.com/


Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.

Duas caras da mesma moeda:

Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...

 
Autor
Antónia Ruivo
 
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Enviado por Tópico
Gyl
Publicado: 26/02/2012 21:17  Atualizado: 26/02/2012 21:17
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Localidade: Brasil
Mensagens: 16148
 Re: «« Amor gago ««
Fiquei embriagado pelo alto teor contido nos versos! Um dos melhores poemas que tenho lido ultimamente. Parabéns pela leveza, pelo talento e pela poesia. Um forte abraço que chegue aí, do outro lado. VAleu!