Dizem que o amor anda à paisana
Sobrevivendo alhures de amplexos iníquos,
Talvez nas plataformas de altares longínquos
Estabeleça-se em concordata atitudes insanas.
Comenta-se que o amor mergulha em mares insalubres
E desvia-se do sacratíssimo matiz de origem,
Envenenam-no numa peçonha repleta de fuligem
E o produto esmiúça-se opaco em locais lúgubres.
Percebe-se que o amor frequenta as tabernas
E as esquinas enfermas sem sinal de alerta
Onde os vícios deformam a sensibilidade humana...
Espera-se que o amor se renove em última instância
E transforme os efeitos nefastos sem medir distância
A fim de que se desvincule de etiquetas profanas!