Tudo em mim é o sopro de uma espera,
Algo que não é possível tanger,
Ou de uma forma sem definição.
Tudo em meus olhos são fragmentos seus,
Alguém que posso ver, mas não ter.
Uma angustia em tom menor, de perdição.
Tudo em minha boca é a vontade do beijo,
Além de dentes, saliva e silêncio.
A palidez do desconcerto de um não.
Tudo em mim é posse de tristeza,
Talvez, o contrário, nem motivasse escrever.
Ou os versos se perderiam pelos dedos em minhas mãos.
Tudo o que sinto é segmento seu,
É minha conversão de insanidade,
Meu universo de coisas inventadas.
Tudo que penso se confunde em seu sorriso,
Para desaguar após a tempestade,
às vezes por esperança, outras por falta dela.