Martins No País das Maravilhas
O poeta
apaixonado
rima e sai
do ponto;
anda
meio tonto,
fazendo
quack
na hora
do chá,
confuso
no deslumbramento
do próprio
deslumbrar,
distribui
seus abraços,
num versejar
que veleja
pelos laços
dos mares
carmins
da Rainha
de Copas;
E nesses
confins,
ele enxerga
tudo belo,
preso
num castelo
de ingenuidade,
que cabe
na presilha
da Alice
E na tontice
da (in)criatividade,
o poema
faz a trilha.
mas ele,
encantado,
acha tudo
Maravilha.