Hoje sou de novo poeta,
Canto aos quatro ventos
Os meus verbos enversados,
De saudade, de calor...
Hoje neste monte
Vejo a planície deserta,
Que preencho com palavras
Que crescem com as chuvas
Da minha elegância...
Hoje sou infância,
Que deseja o futuro
E não teme a idade,
Ofereço inocência...
Hoje sou demência,
Que treslouca a paixão,
Sou gente, sou teu...
Hoje sou tinta,
Que corre nas veias,
Em enleadas teias
De vida em ampulheta...
Hoje sou poeta, hoje sou.
Obrigado a tudo o que me inspira.