Sentada na beira da praia, as ondas batiam
Bem alto, severas, brancas e tão espumosas
As gaivotas voavam doidas varridas no ar
Piando, fazendo vôos loucos e mergulhos
O cais lotado, quase nem se via, ondas fortes
Rasgando adentro, balançando todos os barcos
O ar era úmido, frio, a neblina já se sentia
Olhava um casal passeando com um bebê
Bem agasalhado, como frio era intenso, cruel
O azul do céu era mais azul que o azul mar
Acho que o verde tomou conta daquelas águas
Juntamente com a tempestade que despertava
Era o meu mar, o mar do Norte de Portugal
Os raios caiam no mar já aborrecido e chato
A chuva caia sem mais parar, era fria e grossa
As gaivotas recolheram ao cais, cansadas
De tanto lutar contra o vento e a tempestade
Os peixes agradeceram por mais uma noite
Naquele mar imenso, o mar da minha infância
As lembranças vieram com o vento veloz
Quantas brincadeiras eu fiz na beira daquela praia
Quantos jogos, quantas corridas fiz e mergulhos
Hoje naquela praia eu já não vou mais lá brincar
Apenas trago no peito a recordação do meu mar
Porque os ventos levaram para outro lado do mar...
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