O orgulho tem duas margens
uma ponte sem passagem…
Orgulho-me de ser o que sou
amo o brio que tenho na vida…
A paz é o meu orgulho
quando a vislumbro num espelho
de água corrente a navegar
na falua sem vaidade…
O orgulho tem duas margens
uma ponte sem passagem…
A soberba do orgulho
é ácido feroz ao âmago
é rugas na alma
aprisionamento do espirito…
O orgulho é o mergulho
naufrago para a derradeira viagem
que é ser vida sem partida
dizer desculpa amortalha o orgulho
e sobrevive a vida num sorrir intenso…
O orgulhoso que não se liberta
fica na margem deserta
sem água ao vento
para a derradeira sobrevivência
na partilha de um destino
destemido e furtivo…
O orgulho tem duas margens
uma ponte sem passagem…
Eu orgulho-me do meu orgulho
na veracidade sem adornos fúteis…
Sei dizer amor
na desculpa sem orgulho!
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...