Perante o espectáculo doido deste mundo.
Não por sublimes motivos,
Apenas, tristemente.
Calo-me
Perante o contínuo fluir da Natureza,
Que essa sim, pela sua beleza,
Merece o meu mudo aplaudir.
Mas, apesar dessa bênção ou talvez por ela,
a melancolia de outros horizontes emerge…e teima em surgir!
Que fazer com este nó na garganta
Profundo,
o terrível acordar de um monstro que me vai engolir!
Calo-me
quando vejo o mar
para ouvir as marés a ir e vir!
Calo-me,
para ouvir silêncio.
Calo-me
para sentir.
Incipit...