Encontrar palavras que sejam capazes de aproxima-se do desejo que sinto agora, dessa vontade louca de gritar aos quatro ventos que te amo. Não é fácil encontrar tais palavras e, talvez, as mesmas nem existam. Palavras encantam ou desencantam dependendo de quais forem proferidas, mas te amar está muito além de encantar ou desencantar.
Amar-te é o tudo de mim mesmo, que, hoje na verdade parace-me o nada desse meu todo vazio.
Eu te amo além do que quaisquer humano conseguiu sentir, meu amor é intenso, insano, é a apoteose plena em todos os seus estágios.
Esse amor que observa, abusa e me tem, está em mim a tantos e não demonstra nenhuma fraqueza, não parece doente, por mais que eu deseje matá-lo, a sua força é bem maior e de maneira contrária às minhas tentativas vãs, ele, deseja manter-me vivo, e mantém-me, afinal essa intensidade de sentir-te ao meu lado, sem que esteja, esse calor do teu corpo que a muito foi embora, mas ainda queima-me, todas essas verdades que declaro agora, são os alimentos que têm mantido-me em pé, ainda cambaleando, mas em pé.
Não sei mais por quanto tempo ainda permanecerei em pé. Os tombos desse amor insano e contraditório, que ao mesmo me mantém vivo e faz-me cambalear, esses tombos que alimenta-me, talvez derrube-me.
A sua falta, a ausência de sua presença é tão forte quanto furo de punhal no coração. As noites são longas, os dias intermináveis, as alegrias incompletas de tal forma que nem parecem alegria, talvez sejam paliativos que o universo têm, por mera misericórdia, lançado-me diariamente com intenção penosa de alentar a minha dor.
E as palavras faltam, e as palavras não dizem o que de fato gostaria de expressar, talvez eu deseje dizer que o teu cheiro, ainda em meu travesseiro, é a fragrância mais pura e encantadora que já pude sentir, talvez eu queira dizer que tua pele é tão suave que, por vezes o receio tomou-me no momento de acariciar-te, talvez eu queira dizer que o brilho dos teus olhos é mais intenso que a luminosidade do astro rei, talvez ainda eu queira dizer que teu beijo foi, e ainda é, pois sou capaz de senti-lo, o sabor magnânimo que as papilas gustativas puderam apreciar; talvez eu não saiba dizer nada, mas sinto e, como sinto esse imenso amor por ti e, ainda que eu não saiba dizer, amo você.
Mais textos
Rss do autor
Estatísticas
Enviar
Imprimir
Criar um pdf
