Deito minha alma num sonho de amor
E me vejo vagabunda na seara do prazer,
Confecciono imagens em que percebo acontecer
Um idílio cuja sensualidade é de profundo sabor.
Meu vulto cambaleia na sensação ardente
E depaupera-me de combustão afrodisíaca,
O viço que se associa à minha estrutura física
Desenha em mim a chama de um desejo persistente.
Um gélido suor enlameia minha face
E desperto cretina por inesperado desenlace
Que me mantém prisioneira de inquebrantável tesão.
O incidente onírico é um insulto à personalidade
Em que conservo indulgente a imaculada virgindade
Que protege o campo onde habita meu coração!