O bichinho de pelúcia que enfeita sua cama
É confidente de seus mais secretos desejos,
Recebe profundo carinho e os mais efusivos beijos
Da fidelidade pueril que caracteriza sua dona.
Sonhador coadjuvante de inconfessáveis devaneios
É a primavera que moldura sensível jardim suspenso
Em que a inocência é o espelho que molda o senso
Da criatura que o tem na intimidade de seu seio.
Nas noites de chuva é o fogo da paixão que aquece
E deixa o sono sonhar com infindáveis quermesses
Que tornam doce e inesquecível o alegre despertar.
Aconchego que se aperta com sublimidade e ardor,
Manifestação autêntica de uma relíquia de amor
Que os lábios osculam sentimentalmente devagar!