Adolescentes namorando é algo engraçado, me refiro aos adolescentes pois são com eles que a incidência é maior, mas, muitos adultos também se portam de maneira estranha.
No inicio:
- Amor, eu te amo.
- Eu também te amo.
- Nossa! (a mulher fica ofegante, e com leve taquicardia)
- O que houve amor?
- Ai! Imaginei minha vida sem você, que coisa ruim. Não saberia viver sem você.
- Amor, eu te amo e, sempre estarei ao teu lado, não precisa ter medo.
A relação é uma maravilha, os beijos são fantásticos, o outro tem o cheiro, o melhor cheiro que as narinas já puderam sentir não há nenhum outro ser tão belo, tão encantador, tudo é muito bom, tudo mágico, eles estão apaixonados.
- Você está olhando? - Pergunta a mulher enfurecida.
- Olhando para onde amor? - Pergunta o homem sem noção do que estar acontecendo (sínico).
- Para aquela peituda que está vestida de preto.
- Eu?
- É você mesmo, seu desgraçado!
- Não amor, não estou.
- Está. Vai ficar com ela, seu peste, ordinário, não te quero mais, seu desgraçado!
- Eu te amo amor. - Tenta amenizar a situação com palavras carinhosas, mas tudo é em vão.
- Vai embora, me deixa, não te quero mais.
Ele estava olhando mesmo, é um ordinário realmente.
A mulher chora, sente-se traída por um simples olhar. Separam-se.
A primeira noite após a briga é horrível, eles não conseguem dormir, as lembranças daqueles beijos, não os deixam em paz, estão atordoados, mas resistem, o orgulho predomina.
No dia seguinte eles se encontram. Ela tenta provocar ciúmes, falando para as amigas como o primo de sua prima que não é seu primo é bonito. Ele pensa que vai perdê-la, sente vontade de chorar, tem medo, dor, raiva, mas resiste. Mais uma noite sem a sensação do carinho do outro mais uma noite em que seus olhos não se fecham, permanecem acordados, com seus pensamentos em total interação, mas eles não sabem disso.
Não resistem mais, dois dias depois da briga eles se encontram:
- Como você está? (pergunta o rapaz, com desconfiança)
- Estou bem, ótima. (responde ela, toda orgulhosa)
- Ah! Pensei que eu estivesse fazendo falta.
- Pensou errado.
- Ta bom então.
Ele vai saindo e ela agarra-o pelo braço:
- Desculpas amor, eu estou sentindo sua falta, não sei viver sem você, ta muito ruim sem você. (as mulheres são sentimentais, os homens são piores ainda).
- Eu também te amo sua marrenta e não olhei para aquela feiosa (mentiroso).
Beijos, muitos beijos são dados naquele instante.
O tempo passa e eles tiveram várias situações iguais a estas, brigaram, se amaram, viveram intensamente cada momento, eram felizes.
Um ano depois:
- Marcos?
- Oi Rafaela.
- Vamos sair hoje? Haverá um show e gostaria de ir.
- Hoje não Rafaela, hoje tem jogo do flamengo.
- Poxa Marcos. Quanto tempo que não saímos? Só namoramos aqui em casa, que chato.
- Rafaela, hoje não, não dá, estou sem grana também.
Eles já não são mais os mesmos, não saem mais como antes, os beijos não são tão bons, as brigas menos frequentes, porém quando brigam demoram demais para estarem juntos novamente. Percebe-se que o namoro não vai bem, que talvez não se amem mais.
Passa o tempo e eles chegam aos trancos e barrancos aos 2 anos de namoro:
- Marcos você foi para a boate sozinho?
- Fui.
- Marcos você está me traindo?
- Não.
- Estar sim, sei que está, seu desgraçado.
- Ah!, quer saber não da mais, não te quero mais, você é muito chata, insuportável.
A promessa de estar ao lado a vida inteira foi quebrada, nada importa mais, tudo que viverem não tem mais sentido, ao menos no momento da briga. Eles vão se separar.
- Também não quero mais você. Darei-te o troco.
- Que troco menina? Não importo mais para você, vai embora.
Mais uma briga, essa não foi a primeira nesse estágio, com esses termos, de fato ambos estão cansados um do outro, decidem se separar, Separam-se.
Permanecerá em cada um deles as lembranças daquele amor adolescente, do primeiro amor, levarão para toda a vida as marcas dessa relação, acontece sempre assim, será sempre assim.