Angel
No arranjo
de cabelo
da estrela
enfeitada,
mora
um anjo...
vagante
na solidificada
tristeza
turva...
que ama,
e semeia
nuvens...
mas colhe
chuva.
Cruel amor
que lhe
conduz
ao frio
em agasalho,
e agora,
no menor
retalho
de luz,
ele fecha
os olhos
de guarda-sol.
A desilusão
o fisga,
como um
anzol,
e o anjo
em aflição,
embarca
na dor
-navio...
onde
seu peito
de
canta-vento,
planta
o vazio,
no acalento
da angústia
cruel.
E ali...
o anjo guarda
a chuva...
no coração
de papel.
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- 16/02/12 -