Dá-me amor, a chama do olhar despido!
Do olhar que atravessa a íris,
E que evoca estrelas maduras...
Do olhar que despe com elegância
E aflora solto como a luz dum dia de sol.
Do olhar que irradia saudade sem sentir e da claridade da alma numa bolha de ilusão.
Do choro que escorre sem dor
Da lágrima até fingida de amor...
Dá-me amor, o olhar devasso do erotismo
O olhar maduro da idade...que penetra a alma e a deixa despida. Das ilusões, despida, das tentações vestida...
Como o olhar no olho de quem se ama!
Ledalge, 2012
"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)