Há um traje domingueiro
nas vestes que te adornam,
nesse traço tão ligeiro
que tantas visões afloram.
A quem te visse menina
saltitando campos fora,
te guardaria na retina
desde então até agora.
Ai cachopa, tua alegria
sutura feridas antigas,
teu sorriso é fantasia
princesa das raparigas.
Emerge assim a virtude
no despoletar sensações,
questionando a saúde
pelo bater dos corações.
Teu carisma prevalece
no decurso de cada dia,
desde que tal amanhece
até à noite mais sombria.
Tantos te adoram assim,
graciosa no belo ser
e eu tenho cá para mim:
- Ainda estás por nascer!
São as miragens de sempre
da utopia e da negação,
olhares de tanta gente
quando têm tudo à mão.
António MR Martins
António MR Martins
Tem 12 livros editados. O último título "Juízos na noite", colecção Entre Versos, coordenada por Maria Antonieta Oliveira, In-Finita, 2019.
Membro do GPA-Grupo Poético de Aveiro
Sócio n.º 1227 da APE - Associação Portugues...