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ENTRETANTO EU CANTO

 
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Meu amor por você
É cego e não vê
O vosso desdém.
E eu queria que fosse
O amor mais doce
Que o Paraíso tem.

Eu me sinto sozinho
Não vejo o caminho
Do seu coração.
Perdido em ruelas
Procuro nas estrelas
A sua afeição.

Meu amor... meu amor.
Seu amor murchou
Qual flor com sede.
Eu não sei onde estou
Já não sei onde vou
E você não cede.
Entretanto eu canto
Uma canção triste
Perdido de amor.
Mas não sei existe
Algo de mais triste
Que o murchar de uma flor.

Em mar encrespado
De amor recusado
Ando a naufragar.
Seu porto de abrigo
Não quer ser amigo
Não me quer abrigar.

Seus olhos tão frios
Seus lábios vadios
Eu quero encontrar.
Poisar neles um beijo,
Saciar o desejo
De os abençoar.

A. da fonseca


SOU COMO SOU E NÃO COMO OS OUTROS QUEIRAM QUE EU SEJA

Sociedade Portuguesa de Autores a Lisboa
AUTOR Nº 16430
http://sacavempoesia.blogspot.com em português
http://monplaisiramoi.eklablog.com. contos para as crianças de 3 à 103 ans
http://a...

 
Autor
Alberto da fonseca
 
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