Em meu peito envelhecido
A saudade ainda devaneia e dorme
Numa solidão em que não há pagode,
Mas delírios e desejos reprimidos.
Na sensualidade carcomida pelo tempo
O amor dormita por antigas estradas,
Embora o silêncio seja sinônimo do nada,
Fecunda-se um viés adornado de sentimento.
Num vale de círculos viciosos
Paixão e amor são extremos concêntricos,
Imagens coercitivas mostram valores autênticos
De aliciamentos e seduções perigosas.
Se em meu seio embrutecido o amor descansa,
Nos prados e bosques da paixão consuma-se febril aliança!