Não sei o que te dizer. Já te disse, vezes sem conta, que precisava de ti, mas nunca me ouviste como deverias de ter ouvido. E o tempo foi passando, passando e mal me dei conta que mudei o suficiente para te esquecer. Mal me dei conta que já te esqueci dentro do espaço que julguei ser eternamente teu.
E agora, que queres que eu te diga? Que continua tudo igual? Isso é mentira, nem eu própria me conheço mais como um dia me conheci. Não mais te sei como te havia decorado cada traço. Sabes por quê? Porque foste o primeiro a dar o passo que me levou ao esquecimento, que me ensinou a perder-te num recanto qualquer perdido na minha memória.
Não me peças para mudar, tu mesmo me mudaste com as contrariedades em que me ensinaste a viver. Gosto da vida que levo, do modo livre como me tenho sentido ultimamente, sem ti. Não me peças para mudar, eu não quero voltar aquela prisão… amo a liberdade que me embala neste jeito simples com que hoje encaro a vida!