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Soneto transfigurado

 
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No chão prostrado, um passo em falso
Um grito nu, um adeus medonho
E um navio fantasma navegando o sonho!

Rotas sem lei, ao sabor do vento,
Pedaço de ser, irmão do pecado,
Dormência que rasga a dor, o lamento,
Informe o desejo que cai esmagado.

Entre céu e terra, sigo no encalço
De quem recusou ser igual a si mesma
E entregou a alma ao demo, à aventesma!

Se houvesse tempo, voltaria atrás
Levantaria pontes sobre os rios largos
Para encontrar na outra margem a paz
E carta de alforria de todos os meus encargos.


Em 27.jan.2012, pelas 03h30
PC


Escrever é uma forma de estar vivo!
Paulo César

 
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PauloCésar
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 12/02/2012 11:00  Atualizado: 12/02/2012 11:00
 Re: Soneto transfigurado
Muito bom nas figurações e na transfiguração da forma...