No chão prostrado, um passo em falso
Um grito nu, um adeus medonho
E um navio fantasma navegando o sonho!
Rotas sem lei, ao sabor do vento,
Pedaço de ser, irmão do pecado,
Dormência que rasga a dor, o lamento,
Informe o desejo que cai esmagado.
Entre céu e terra, sigo no encalço
De quem recusou ser igual a si mesma
E entregou a alma ao demo, à aventesma!
Se houvesse tempo, voltaria atrás
Levantaria pontes sobre os rios largos
Para encontrar na outra margem a paz
E carta de alforria de todos os meus encargos.
Em 27.jan.2012, pelas 03h30
PC
Escrever é uma forma de estar vivo!
Paulo César