A pequena corujinha perdida.
Já era tarde da noite e a corujinha rebelde ainda brincava na floresta, ela se chamava de Pichi, era linda toda branca e com bocados de chocolate, seus olhos verdes eram intensos, penetrantes, mas ela era ainda muito jovem e tinha muitos amigos na floresta.
Um dos amigos preferidos para a brincadeira era o pequeno esquilo que ela lhe chamava sabichão comilão, porque ele andava de galho em galho, sempre fuçando e tentando arranjar nozes e outras comidas. Todos na floresta gostavam dela, porque ela meiga e gentil com todos, mas já dos seus pais, deles só queriam era muita distancia.
A dona coruja e o senhor corujão não eram nada simpáticos e sempre escutavam poucas e boas se atrasassem a vir para casa.
A neve já tinha coberto toda a floresta, a Pichi divertia a brava escondendo nela, eles nem a notavam quando brincavam ao esconde e esconde, ela o Sabichão, o Gaiolas que é a lebre e a Matreira a jovem raposa, nuca se zangavam e estavam sempre juntos.
Um dia a Pichi, quis ir um pouco mais alem da floresta e tentou convencer os seus amiguinhos, mas eles recusavam naquele momento eles viam os pais da Pichi zangados e sabiam que era muito errado o fazer. Ela não se convencia e aos poucos nas suas brincadeiras ela ia se afastando dos lugares protegidos. Ela estava me saindo bem mais matreira que sua amiga raposinha, certa noite estava linda com um luar que iluminava toda a floresta, correndo, ora voando, ora trapaceando, eles brincavam sem ter a noção de onde estava indo, de repente, algo tenebroso acontece.
Dois gritos rasgaram a noite:
- Socorro. Quem pode me ajudar?
Dizia a Pichi.
Zangada a sua amiga raposa, gritou na grandiosa descida infernal:
- Tu tens asas, voas e eu? Vou cair e morrer espatifada sem comer uma galinha.
A lebre e o sabichão estavam aflitos viam quanto era fundo e nem sabiam onde ficava aquela ravina nem onde estariam.
-Psiu! Calada senão ainda provocas uma derrocada e ficamos soterradas Diz a raposinha com a sua amiga já em cima e de seu corpo.
- Enfim, eu estou tão cansada e já é quase dia.
Depois de terem aterrado num belo tapete fofo e cheio de neve. Diz Pichi, mas um pouco preocupada, pois pensou onde estariam os seus amigos e logo se lembrou dos seus pais. Sacudindo as penas e aquecendo-se ao lado da sua amiga
Olhou a sua volta tudo era branco gelo nada de floresta, parecia outro mundo, tudo era manto de neve e nada mais, assustada, pois os seus pais falaram do que existia para lá da floresta, os ursos, os lobos selvagens e muito maus e os caçadores.
Entretanto o Sabichão correu rapidamente e mais o seu amigo, o Gaiolas ate que chegaram e enfrentaram os pais da pequena corujinha perdida. Ofegantes, cansados e cheios de medo, contaram tudo o que aconteceu. Logo o senhor corujão coloca o sabichão no lombo e voa para percorrer o caminho que eles tinham feito,
A Dona coruja foi pedir ajuda para a mãe da raposinha, ela ficou aflita, sem saber o que fazer, mas logo todos os animais se dispuseram ajudar nas buscas.
O perigo era grande desde os caçadores e os animais ferozes, pior nem o caminho sabiam fazer, pois era uma ravina muito perigosa, acentuada e quase impossível de descer.
As duas mães estavam aflitas e chorando, mas o que fazer o tempo era de muito perigo as caçadas iniciavam logo de manha bem cedo, o pai corujão esse largou o Sabichão e desceu voando velozmente
Piando num chamado surpreendente, Pichi escuta a sua chamada pia também, feliz por saber que seu pai estava chegando para salvá-la. De repente ela fica triste e pensou e a sua amiguinha a raposinha, pensava com tanta preocupação, não a posso deixar sozinha.
O pai corujão pousou feliz e abraçou a sua menina, sorrindo ele diz:
- Minha Pichi, que susto tu me pregaste, eu pensei que poderia não te ver mais, vamos sobe para as minhas costas que eu vou levar-te.
Pichi recusa e diz ao pai:
- Paizinho desculpa-me, mas a culpa foi minha, eles nunca deixaram vir para esta parte da floresta proibida, mas eu os enganei e os trouxe aqui, agora não posso deixar a minha amiga aqui sozinha.
O senhor corujão olhou enternecido para a sua cria e não cabia de contente por ela estar falando a verdade e ser corajosa. Sorrindo ele diz;
- Pois é tens razão minha menina não poderá deixar aqui sozinha. Ficam aqui as duas que logo eu já volto com ajuda para vos levar comigo.
Ele levanta vôo e segue pensativo como levar para cima um animal de grande porte, pousou em terra, explicando a todos o que se passava.
Os dois gaviões e o casal de águias riram e falaram:
- Meu amigo nada é impossível quando estamos todos unidos para ajudar, nos sabemos onde está uma grande lona esquecida por um campista e a vamos buscar e desceremos os cinco.
Todos aplaudiram, mas aquelas mães é que não estavam tão certas não.
Os cinco voavam de forma harmoniosa pelo céu azul até chegarem ao final da rabina, lá em cima ficou um silêncio aterrorizador, que iria acontecer ali, a raposinha pode cair pensavam as duas.
Em baixo a raposinha subiu para a lona, em cada canto os gaviões e as águias pegaram com as suas garras grandes e poderosas, levantaram vôo, a Pichi também já estava no lombo do senhor corujão,eles chegaram, pousaram e nem queiram saber a festa que foi.
Todos regressaram para seus lares seguros e fizeram uma grande festa, mas sem antes em casa os filhotes escutarem umas boas verdades.
Depois de bem esclarecidos e eles assumirem os seus erros, foram para a festa e nunca mais saíram da sua floresta.
Hoje a nossa amiguinha Pichi é mãe de três corujinhas lindas, o sabichão tem uma família de seis, a Matreira sumiu, acho que ela foi atrás das galinhas e o Gaiolas, bem esse é pai de trinta coelhinhos e viveram felizes para sempre...
Betimartins
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