SEM OPÇÕES
(Jairo Nunes Bezerra)
Balanço a cabeça, balanço os braços,
Os meus movimentos são inconstantes...
Vou vivendo sem os teus abraços,
Das praias virei andante!
E recebendo as constantes ondas espumosas,
Mais distanciado fico das águas azuladas...
É quando me lembro de meu jardim de rosas,
Em que tu eras a única figurada!
E sem querer fico tristonho e mais agitado,
Pela solidão, sempre escravizado,
À busca de outras sensações!
E as ondas tornam-se mais violentas,
De frio o meu corpo já não aguenta,
E multiplicam-se as minhas aflições!