MIGALHAS DE PÃO, ESPALHADAS PELO PRATO.
ELA PERCORRIA TODA A EXTENSÃO DELE,
COLOCANDO O DEDO E APERTANDO PARA PEGAR...
O PENSAMENTO DIVAGAVA,
ENQUANTO ELA ISSO FAZIA...
NÃO ERA POR ESTAR COM FOME AINDA
APENAS SE DISTRAÍA...
QUERIA MUITO TUDO MUDAR,
MAS A VIDA NÃO LHE PERMITIA...
ERA TARDE PARA TAL COISA!
OS ANOS HAVIAM PASSADO:
O SEU 'MUNDINHO INTERIOR'
ESTAVA BALANÇADO...
ERA TUDO COMO AS MIGALHÃO DE PÃO!
SOBRAS DE UM INTEIRO...
O QUE UM DIA FORA.
QUANDO AINDA, DA JUVENTUDE PLENA GOZAVA...
E NÃO HAVIA APENAS DEDOS, SOBRE MIGALHAS DE PÃO...
FÁTIMA ABREU