SERPENTEANTE
(Jairo Nunes Bezerra)
Vento barulhento, frio e penetrante,
Sem domínio invade o meu espaço...
Impulsionado viras gigante
E espalha os meus versos com descaso!
Neles retratava o anoitecer,
Bela paisagem expondo brilhosas estrelas...
Tu vieste... Isso tinha de acontecer,
E minha inspiração deixou de ser realeza!
Revejo mentalmente as versões perdidas,
Que são de outras frases acrescidas,
Regressando quase ao formato original!
E tu ó vento já enfraquecido,
Distanciado de mim já ficastes esquecido,
E oscilas tal serpentina de carnaval!