Poemas : 

A pena e a espada

 
Tags:  respostas    escárnio    irônicas  
 
Não cala o poeta mordaz
nem estanca o sangue da pena,
põe ele no papel o que lhe apraz
escárnio disfarçado em poema.

Desafia com riso escaninho
os donos do poder mesquinho
sua pena é sabre, florete, espada
com a qual fere a sociedade descuidada.

Não teme ele tangíveis desafetos
defende-se o duelista com a rima
seus adversários tremem inquietos
pois e feroz o peta em sua esgrima

São finas, irônicas, certeiras
as construções de cínicas respostas
penetra sem pudor as almas rasteiras
mexe, abre e salga as feridas expostas

Abriga, no entanto em seu peito
carinho, paixão e afeto
tece versos de amor sobre o leito
da amada que o abriga sob o teto.


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Autor
Mauro Gouvêa
 
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1810
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 04/11/2007 13:38  Atualizado: 04/11/2007 13:38
 Re: A pena e a espada p/ Mauro Gouvêa
´Sempre pensei mesmo, que a poesia instaura o conflito, mexe com em casas de marimbondo, para além de acalentar os sonhos de amor de um poeta.
Gostei!