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Balada da noite anterior ao dia sem amanhã

 

Coração vazio, alma chorando,
o sol sem calor, a lua sem luz,
noite sem amanha, estrada sem fim,
caminho escuro que ao nada conduz,
vida vazia que cai sobre mim.
Um lugar irreal, não há nada,
só construções em ruínas,
só lamentações e lágrimas.

Não existe mais nada, não existo eu,
não existe o meu verso de amor,
não existe meu poema,
não existem os seus olhos.
Só um coração vazio,
e no peito o eterno frio,
do sol sem calor,
e da lua sem luz.

A noite é sem amanha,
não existem mais estrelas,
nem existo eu parta vê-las.
Num momento soturno enfim,
No fim da estrada sem fim,
no caminho escuro que à morte conduz,
não existe nada, não há luz,
e a vida vazia sai e sai de mim.

Não existe mais nada, não há luz,
e numa extremidade do tempo
toda a vida vazia sai e sai de mim.
Cheguei ao fim da estrada!




" ...descrevo sem fazer desfeita,
meu sofrer e meus amores
não preciso de receita
muito menos prescritores."




 
Autor
LuizMorais
 
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Enviado por Tópico
Antónia Ruivo
Publicado: 06/02/2012 09:09  Atualizado: 06/02/2012 09:09
Membro de honra
Usuário desde: 08/12/2008
Localidade: Vila Viçosa
Mensagens: 3855
 Re: O dia sem amanhã
Existe poesia e muito boa, um abraço com votos de boa semana.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 29/05/2017 22:59  Atualizado: 29/05/2017 22:59
 Re: Balada da noite anterior ao dia sem amanhã
e ainda aqui.

lê-lo é como abrir um túmulo vazio e encarar o abismo...

e isso lá de 2012...

enfim, rip