O momento, o retrato.
O passo à direita.
Ódio relutante em olhos frios,
olhos tão azuis e tão vazios.
O medo, o túmulo,
o passo à esquerda,
oposição ao sentimento bonito;
onde está agora aquele amor aflito?
Ocasiões amargas, absorto,
outras recordações do tempo feliz,
o desejo de voltar mais uma vez:
o mesmo sol brilharia, talvez.
O último dia, o adeus,
o momento, o retrato
ódio fulgurante dos olhos seus.
O amor acabou, isso é um fato.
O céu chora. Eu também choro.
Onde existiu amor um dia,
onda havia a felicidade
ouço apenas gemidos de do,
ouço só lamentos de saudade.
O amor acabou. Fim do poema.
" ...descrevo sem fazer desfeita,
meu sofrer e meus amores
não preciso de receita
muito menos prescritores."