Sou um mancebo de cuja idade me alimento,
A experiência com a vida deveras me modelou
E pude traçar plataformas eivadas de amor
Que são signos que traduzem a essência do meu sentimento.
Meu radar pessoal avisa-me de funestos perigos
Que se instalam daninhos no acostamento das estradas,
No asfalto da existência desenvolvo cartas marcadas
E ainda levo de carona mazelas diluídas em meu ombro amigo.
Na sinalização que indica o percurso da rodovia
O bom-senso se destaca na consciência do motorista,
Se atrozes espinhos ferem a sensibilidade do artista,
Já não se colhem argumentos que dão vida à fantasia.
Mesmo que haja flores que adornem os lados da pista,
A morte e o sepulcro soterram o ideal perfeccionista!