Caminhar até aqui
Em silêncio talvez
Preso ao pensar em ti
Sou prisioneiro mais uma vez.
Sou no entanto
A maior força que conheço
No calar de tudo
Oiço ainda teu canto.
E no meu canto
Onde estou e sou
O que ninguém quer
Nem prefere conhecer.
Sou o maior sentir
Que vive e fala
Nos poemas em que grita
Palavras desmedidas de dor.
E no que pretendo
Ser alegria e amor
É hoje o maior segredo
De feridas e dor.