Poemas : 

Soneto Ditado na Agonia

 
Já Bocage não sou!... À cova escura
Meu estro vai parar desfeito em vento...
Eu aos Céus ultrajei! O meu tormento
Leve me torne sempre a terra dura;

Conheço agora já quão vã figura,
Em prosa e verso fez meu louco intento:
Musa!... Tivera algum merecimento
Se um raio da razão seguisse pura.

Eu me arrependo; a língua quasi fria
Brade em alto pregão à mocidade,
Que atrás do som fantástico corria:

Outro Aretino fui... a santidade
Manchei!... Oh! Se me creste, gente ímpia,
Rasga meus versos, crê na eternidade!.


Manuel Maria de Barbosa l'Hedois du Bocage
( 15/09/1765 — 21/12/1805)
Autores Clássicos no Luso-Poemas

 
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Bocage
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Enviado por Tópico
WesRocha
Publicado: 29/01/2012 13:12  Atualizado: 29/01/2012 13:12
Da casa!
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 Re: Soneto Ditado na Agonia
Lindo soneto, lindas Rimas! Parabéns meu amigo!

Abraços!