Renasço em cada canto
Em cada lugar
Renasço no vento que me abraça
No sol que me acende como fogaça, ardente
Renasço inesperadamente
No degelo dum olhar…
Renasço no desalinho espontâneo dum gesto
Beijando a minha alma sedenta...
Renasço na brisa dos meus silêncios
Soprando as cinzas da minha tormenta.
Renasço em cada tombo
Nos rasgos de fel a cada investida
Na palavra que me provoca um rombo
Quando me colhe, desprevenida.
Mas não me rendo...Nem me assombro...
E até acho...
Que me ergo de cada queda
Muito mais fortalecida...