Entrego os pés descalços
à terra húmida
do jardim onde me encalço…
Os pedaços de fogo
que fervem no centro da terra
chamam a chama da vida
com a voz rouca de um silêncio homérico!
As árvores dançam
nos cânticos do vento
o meu olhar recorta nos bosques
o nascer do sol…
É verde este sentir
na casta fonte de onde me alimento
mato a sede
em cada raio luminoso
desfiou a esperança
que corre pelo meu sangue rubro
a pigmentar-me o rosto…
Entrelaço o frio
para renascer no cálido momento
embalado no regaço
da sintonia repleta de miríades
no mergulho quente
para abraçar o futuro
sempre em frente!
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...