Ter ou não ter o botão apagar eis a questão.
Quanto a mim, esta questão não se põe, a razão? é muito simples. Quando se escreve e se publica algo e não tem leitura e logo, como é óbvio, não tem comentário, porquê se incomodar com este famigerado botão?
Não ter o botão apagar, pode-se muito bem apagar o texto e claro ali acaba toda a polémica. Podem-me chamar tudo aquilo que entenderem, mas eu não tenho esse problema.
Escrevo, publico não tenho nem leitura nem comentários e a razão é muito simples, passei de bem amado a mal amado pois que quando comecei a publicar no Luso era considerado como alguém de gentil o que é muito mau. (não gosto de ser considerado de cordeirinho) quando comecei a marrar com os mestres da indisciplina, deixei de ser cordeirinho e ainda bem, para passar a ser alguém sem interesse.
A prova que o botão apagar não é interessante, e pedindo desculpa a alguns leitores dos meus trabalhos, maus, é certo, hoje apaguei um poema e um texto de humor. O texto de humor sem leitura, não me admira, pois quando sei que há muitos dos nossos poetas cheios de rugas, é por que não sabem ou não querem rir. Ahahahah eu rio e apesar dos meus 80 anos no próximo dia 31, não tenho ou quase não tenho rugas que eu sei que faz inveja a muita gente, não aos poetas do Luso que não me conhecem pessoalmente, salvo um belo grupo de amigos que tive o enorme prazer de conhecer ao mês de Maio de 2011. foi um bom momento!
E pronto apago e não se fala mais, se tiver ensejo ou disposição para publicar, veremos, entretanto um abraço de amizade a todos e a todas.
Continuar a escrever, será coisa que valerá a pena?
Não sei, por vezes é como subir ao alto da montanha,
Gritar, e o eco não existe. É como montar uma cena
E no fim, não haver actores para executar a façanha.
Então para quê se cansar para tentar chegar ao cume?
Procuram-se os caminhos, que nos levem lá a cima,
E não se faz tudo isto, por ter vaidade ou por ciume
Mas sim pelo gosto de escrever, e saber ligar uma rima.
As palavras, as rimas, são como os caminhos tortuosos
Que fazem sofrer aqueles que que lutam para os vencer.
Ser poeta, é como ser alpinista a mãos nuas, virtuosos
Que lutam, que sofrem, para conseguirem bem escrever.
E quantos chegam ao pico da montanha ou da poesia?
E quantos são reconhecidos como de bons escritores?
Quantos escrevem e nem sequer são lidos, são porcaria,
Sendo assim julgados, talvez porque não sejam doutores.
Mas eu considero que sim, escrever vale sempre a pena.
Como subir uma montanha mesmo que seja só pelo prazer,
Se gritar e não houver eco, é porque o mundo é uma arena
Onde não há um lugar para fazer crescer um malmequer.
A. da fonseca