Após o prólogo, ainda incansável,
lógica e cínica, deixou caiu no chão
a ânfora do bálsamo de cânfora,
enquanto plêiades do fogo
de tantas velas tântricas,
relâmpagos em pânico fóbico,
trágicos e satânicos lampejos,
abalavam o hemisfério lúdico,
atônito, bélico e côncavo.
Depois, perdeu-se nos meandros
de um claustro hermético
à procura de um Dédalo
magnífico e esotérico.
De arrebatada figura,
sou altivo, sou forte,
não carrego lutos e mágoas,
até um dia enganei a morte,
na sua faina de colher almas
e renasci.