Sentada na varanda,
compenetrada, esperando a chuva passar,
A chuva batia nos galhos da goiabeira
tão castigada, estava
da meninada, subir nela pra brincar.
Impaciente,
balançava as perninhas,
muito ansiosa, nada contente.
Impedida pela chuva que caia,
de sair para o quintal para brincar.
Em casa era sagrado
a hora dos folguedos.
Horinha que minha mãe tinha
pra poder descansar.
Enfim, era somente... Hora de brincar.
Sentada na cadeira de balanço,
com seu crocher nas mãos,
ficava de olhos atentos,
nas brincadeiras no quintal,
na minha horinha de brincar.
No quintal não havia
nenhum segredo pra mim.
Conhecia cada cantinho,
do pomar ao jardim. que,
palmilhava, nas horinha de brincar.
Quantas aventuras, viagens
por terras distantes,
Como primceza ou rainha
na minha cabecinha
vivia, em terras de além mar.
Lutei corajosamente,
lutei, com meu corsel
chamado Fiel.
Sonolenta e cansada, ainda,
esperniava pra não parar de brinca.
Na caminha quentinha,
fazia papai do céu, pra dormir.
Pedia que no outro dia,
o sol voltasse a brilhar.
Pois no quintal eu queria, muito brincar.
Fadinha de Luz
Maria de Fatima Melo (Fadinha de Luz)