Lá da serra trabalho,
onde o pássaro no galho,
ja não canta, ja não pia,
na berma da estrada
as crianças em correria,
sempre à frente do professor,
que os olha reticente,
não vá o lobo acontecer,
e fazer alguém desaparecer,
lá na estrada do meio dia,
Lá da velha chaminé,
já cheira a barriga cheia,
ainda longe da aldeia,
pelo atalho que mata a fome,
não se pergunta o que se come,
nem o que se saboreia,
a estrada é longa,
é comprida,
corre-se na berma junto ao rio,
antes que o prato esteja frio,
e faz-se uma hora de comida.
Obrigado a tudo o que me inspira.