Arroz à carreteira
Tenho saudade de um berrante repicando
De vez em quando ainda paro pra escutar
Lá na baixada os boiadeiros vão gritando
E acompanhando o gado pra não espalhar
Até sinto o gosto de um arroz à carreteira
Que na lida boiadeira é feito pra sustentar
Com um bom arroz e carne-seca de primeira
Acende-se uma fogueira e coloca a cozinhar
E quantas vezes as morenas tão trigueiras
Lindas e faceiras davam adeus a este peão
Quando voltava das longínquas fronteiras
Sem comitiva, sem berrante e nem boiada
Por outra estrada, vou curtindo a solidão
Com esta lembrança em meu peito sufocada.
jmd/Maringá, 22.01.12
verde
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