ÁGUAS INESPERADAS
(Jairo Nunes Bezerra)
Voltou a chover em Recife, copiosamente,
As águas se precipitam lavando minha janela...
O desejo de dormitar chega de repente,
E a ansiedade de ver-te é a sequela!
E a chuva teimosa ocupa o meu espaço,
Deixando-me pelo mal tempo aprisionado...
Bastaria de ti apenas um veemente abraço,
O que me faria totalmente relaxado!
Mas continua a chover torrencialmente,
Afastando a gente,
De um colóquio amoroso!
E inconformado regresso ao computador,
Liberando com tenacidade a minha dor,
Desprezando o meu estado ocioso!