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Em repúdio aos claustros

 
 
Como se a vida fosse arrastada pela força das marés, o poeta vê-se prisioneiro nos claustros, que abomina pela fraqueza de não ter tido as forças suficientes para renegar o que veio a considerar, tão triste sina.
Viu-se castrado de ímpetos, achou-se condenado ao celibato, mas nada, nem ninguém o demoveu de fazer uso da palavra para cantar a figura mística do monge que considera ociosa e inútil à sociedade, enquanto sofre as agruras de um cotidiano parco de esperança, pisando e adormecendo sobre um chão frio, impessoal e povoado de sepulcros.
Apesar de ser um visionário e de na prosa
fazer recurso à crítica social, a sua fé inabalável num Deus justo, sempre foi apanágio da sua quase inocente e acima de tudo humana personalidade, enfatizada através do seu espírito observador e inconformado. Assim nos deixa Junqueira Freire um legado rico, humanizado e sempre atual.


Maria Fernanda Reis Esteves
51 anos
natural: Setúbal



Menção Honrosa
Prémio Literário Valdeck Almeida - 2011
 
Autor
Nanda
Autor
 
Texto
Data
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1929
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Enviado por Tópico
Vania Lopez
Publicado: 20/01/2012 23:03  Atualizado: 20/01/2012 23:03
Membro de honra
Usuário desde: 25/01/2009
Localidade: Pouso Alegre - MG
Mensagens: 18598
 Re: Em repúdio aos claustros
Podem ser arbitrários, carrascos, mas
jamais conseguiram calar um sonho... uma voz.
Imensamente obrigada. bjs

Enviado por Tópico
carolcarolina
Publicado: 21/01/2012 01:48  Atualizado: 21/01/2012 01:48
Colaborador
Usuário desde: 24/01/2010
Localidade: RS/Brasil
Mensagens: 9299
 Re: Em repúdio aos claustros
Querida Amiga
Poetisa Nanda!

Quando se crê em algo temos que defender a dar a nossa opinião seja lá do jeito que for.
Um belo legado Junqueira Freire deixou.
Obrigada pelo texto!
Bjinhos
Carol