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Canção da Tarde

 
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À Celeste Germano

Voltei costas ao Sonho
E fui de olhos marejados
Ao encontro da Dor...
Agora
Sabe-me a vida à Primavera em flor
E os meus braços mortos
Tornam-se asas...
Pergunto ao Céu
Onde lance meus voos de Infinito
Pelo caminho que pedi às estrelas...
E os meus braços
Braços partidos de destroçarem grades
Curvam-se todos
Como hastezinhas de lilases murchas...
Curvam-se todos esses braços quebrados,
E neles o meu rosto
É anjo penitente
A poemar os repousos negados
A esquecer estradas percorridas
A desvendar os gestos de renúncias
Que ainda não foram esboçados!


Maria Helena Amaro
In, «Maria Mãe», 1973


http://mariahelenaamaro.blogspot.com/2011/12/cancao-da-tarde.html
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No blogue do concurso é só procurar nas duas categorias o nome Maria Mãe e votar.
Um abraço.
 
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amacsequeira
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 20/01/2012 21:04  Atualizado: 20/01/2012 21:04
 Re: Canção da Tarde
Olá Maria Helena,
Lindo lindo lindo!!!!
Não vou destacar nenhuma frase porque o poema é por todo belíssimo.
Permita-me levar comigo para reler sempre!
Parabéns,
beijos,
Flor de Liz.