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Êta gatinho dorminhoco...

 
O gatinho malhado andava triste pela casa,
Não conseguia abocanhar o ratinho que roera a meia da vovó,
Haveria de apanhá-lo, comê-lo, sem piedade nem dó,
Por isso resolvera esconder-se atrás de um móvel da sala.

Tarde da noite quando todos se retiraram para seus aposentos,
O gatinho tomou assento e ficou sozinho de tocaia,
Era preciso pegar o bandido que vivia de gandaia
E que dava prejuízos sem importar-se para aborrecimentos.

Eis que o ratinho aparece no meio da madrugada...
Sorridente, passa bem em frente ao focinho do inimigo
Que de tanto esperar dormira profundo diante do perigo
E ainda teve sua cauda roída porque estava suja de mangaba...

E no dia seguinte ainda teve de escutar a chateação
Do povo da casa que comentava:“Este gato serve para nada não!”

 
Autor
leonardofreire
 
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