Não há palavra por nosso nome que descure uma verdade
Quando ela repartida entre duas pessoas que se estimam,
Que todo o agoiro vem de pessoas em sua triste insanidade
É coisa de anos já estudada porque muitos ainda esgrimam.
Tenho pena desses acéfalos que desprezam a sã integridade
Pelo que o mundo se deve reger, isto eu sei e isto nos ensinam
As pessoas de bom carácter que prezam uma boa amizade
Em seu próprio nome e no dos outros, que se lhes aglutinam.
Mas, ah, pobres diabos, não sabem eles o que é o bem querer!
Vivência recalcada de quem tem maus juízos perante a vida,
E mais não faz neste imenso mundo do que deitar tudo a perder.
Sabem eles que ficarão merecidamente para sempre sozinhos?
Nem isso, coitados! Julgam insanos que a vida lhes é devida,
Só porque se acham – ó pobreza! – uns tristes e vis coitadinhos.
Jorge Humberto
30/10/07