Sentado no parapeito da varanda meus olhos seguem as estrelas.
Em números milhões me encontro desenhando sonhos
de maneira simples e verdadeira.
Viajo no tempo, sou passado e presente em fração de segundos e nas lembranças sinto na mente as dores que um dia me fizeram chorar.
Penso em me desligar de tudo, passado, presente e futuro, esquecendo sentimentos vividos e pessoas sempre queridas.
Uma metade minha ainda quer sonhar, outra metade do parapeito empurrar meu corpo quase morto.
Em meus olhos uma tristeza espantada me faz soluçar e minhas mãos ásperas se molham no contorno dos meus olhos.
A brisa fria que sopra meu rosto, minha única fronteira entre dois mundos.
Não adianta gritar, ninguém nunca me ouve e sozinho sentado sou apenas um desconhecido no parapeito da vida.
Quero eliminar minhas lembranças queimando meu passado, mas como queima meu presente que amanha será passado e que hoje me faz querer queimar minha vida.
Aqui sentado o mundo parece não girar, me deixando na dúvida que ainda estou vivo.
A brisa fria continua soprando, me mantem acordado, se eu dormir posso cair e não mais acordar.
O sol, minha unica esperança.
By lcdasilva
Re: O sol, minha unica esperança.
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