Há um deserto que prolifera ao andar
A areia branca onde a transparência se acomoda
E os cactos espinhosos tentam em vão ocultar
Os insectos que voam livremente e a hora marcada
Pelo anoitecer tranquilo que anuncia um rio
De água livremente sepultada ou escondida
De um medo inteligente mas nada arredio
Sob as areias escaldantes e corredias da vida
Aprende a temer o incerto e as arrogâncias
Não subestimes vontades, muito menos vaidades
Ambas são motores loucos ou sãos, são miragens
Que a estrada transporta nunca se sabe quem é
O mendigo andrajoso palmilhando o deserto
Pode estar disfarçado, rei ou pedinte o incerto.
Antónia Ruivo
http://porentrefiosdeneve.blogspot.com/
Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.
Duas caras da mesma moeda:
Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...